Patologias - Dr. Rodrigo Pongiluppi

Patologias

O Médico Cirurgião Vascular é capaz de identificar sintomas, diagnosticar e tratar todas as doenças ligadas ao sistema vascular e endovascular, desde as mais simples até as mais complexas.

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Varizes

Se você tem mais de 40 anos, provavelmente já as viu; aquelas pequenas veias roxas que parecem surgir repentinamente nas suas pernas. As veias levam o sangue dos braços e pernas de volta para o coração. Como as veias trabalham contra a ação da gravidade, elas têm válvulas que permitem que o sangue siga, mas não retorne de onde saiu imediatamente. Suas pernas e braços têm dois grandes tipos de veias: superficiais e profundas. As superficiais são mais próximas à superfície da pele e são mais visíveis. As profundas estão localizadas próximas aos ossos e estão cercadas de músculos. Exercícios de contração dos músculos das pernas e braços ajudam o fluxo sanguíneo das veias.

Veias varicosas são veias superficiais dilatadas e deformadas. Geralmente, estão localizadas dentro das panturrilhas ou coxas e se desenvolvem por causa de defeitos nas válvulas e fraquezas na estrutura da parede das veias. Como estão sujeitas à ação da gravidade, as veias continuam a dilatar em com o tempo, ficam deformadas.

Causas

Os fatores mais importantes que levam ao surgimento das varizes são: hereditariedade, permanecer em pé por longos períodos de tempo, idade avançada, ser mulher e ter passado por múltiplas gestações.

Sintomas

As varizes podem ser inteiramente livres de sintomas e não causar nenhum problema de saúde. Porém, quando são sintomáticas, causam inchaço nos tornozelos e pernas, fadiga, dor, cãibras e até mesmo coceiras. Depois de um longo tempo, as pessoas podem desenvolver úlceras varicosas.

Prevenção

Não é possível impedir totalmente o aparecimento das varizes, porém, há maneiras de melhorar a circulação e diminuir as chances de desenvolver complicações, como praticar exercícios, manter o peso saudável, consumir alto teor de fibras, reduzir o consumo de sal, evitar saltos altos ou sapatilhas e meias apertadas, elevar as pernas e evitar ficar muito tempo na mesma posição.

Tratamento

Atualmente, novos tratamentos minimamente invasivos têm sido desenvolvidos para reduzir a necessidade de cirurgia. Alguns dos principais são a escleroterapia, a crioescleroterapia, o laser e a radiofrequência. Além destes, também existe a cirurgia de varizes.

Aneurisma Arterial

Aneurisma arterial é a dilatação anormal e permanente de uma artéria, provocada pelo enfraquecimento de suas paredes, trauma ou alguma doença vascular, podendo ser seguida de ruptura total do vaso sanguíneo.

Tipos

Os tipos mais comuns de aneurisma arterial são:

  • Aneurisma de aorta abdominal
  • Aneurisma da aorta torácica
  • Aneurisma da Arteria Poplítea

Causas

Embora seja alvo de diversos estudos, o aneurisma não possui causas totalmente claras, com exceção dos casos em que a dilatação das artérias é causada por trauma ou doença vascular. Porém, é sabido que algumas pessoas já nascem com algum tipo de aneurisma (aneurisma congênito), provocado geralmente por defeitos na parede arterial.

Os locais mais comuns de ocorrência do aneurisma são: aorta, cérebro, intestino, baço e na parte de trás do joelho (artéria poplítea).

Sintomas

Os sintomas dependem do local onde ocorreu a dilatação e/ou ruptura. Se for próximo às camadas superficiais da pele, o paciente pode apresentar inchaço, dor e até um “caroço” na região. Já os aneurismas internos, muitas vezes não causam sintomas aparentes, somente quando há ruptura do vaso sanguíneo.

Caso haja rompimento do aneurisma, o paciente pode apresentar dor, pressão arterial baixa, aumento da frequência cardíaca e vertigem. Nesses casos, a taxa de mortalidade aumenta consideravelmente.

Prevenção

Algumas formas de prevenção dos aneurismas arteriais são o controlar a pressão arterial, possuir uma alimentação saudável e balanceada, praticar exercícios regularmente, manter o colesterol dentro dos níveis aceitáveis e não fumar.

Tratamento

Os tipos de tratamentos também dependem do tipo de aneurisma, da sua proporção, do local onde ocorreu e se há rompimento. Caso não haja rompimento, o tratamento consiste na administração de medicamentos para controlar a pressão arterial e procedimentos para evitar a ruptura da artéria. Se a artéria se romper, o paciente precisará de cuidados médicos emergenciais, e a taxa de mortalidade aumenta consideravelmente.

Linfedema

Linfedema é um inchaço que ocorre em um dos braços ou pernas. Em casos raros, ambas as pernas ou braços podem ficar inchados ao mesmo tempo.

O sistema linfático circula o líquido linfático pelo corpo para coletar bactérias, vírus e outros resíduos. Esses resíduos são filtrados pelos linfócitos ou pelas células de combate à infecções nos nódulos linfáticos, e então são mandadas para fora do corpo.

Quando o sistema linfático não drena efetivamente o líquido linfático do corpo, ocorre o linfedema.

Tipos de linfedema

Existem duas classificações para a doença:

O linfedema primário é raro, hereditário e mais comum em mulheres. Os tipos mais comuns são:

  • Linfedema Congênito (Doença de Milroy): começa durante a infância e faz com que os nódulos linfáticos tenham um crescimento anormal
  • Linfedema Precoce: tem um início tardio durante a infância ou puberdade
  • Linfedema Tardio: é mais raro e ocorre após os 35 anos de idade

O linfedema secundário (ou linfedema adquirido) é causado por outras doenças ou condições que podem danificar os nódulos:

  • Cirurgia para diversos tipos de câncer, como o de mama, melanoma, na cabeça e pescoço.
  • Tratamentos a base de radiação
  • Câncer
  • Infecções

Causas

O linfedema pode ser causado por qualquer condição, procedimento ou tratamento que danifique vasos, linfonódulos e sistema linfático. A causa mais comum da doença é a remoção ou trauma dos nódulos linfáticos causados por algum tratamento contra o câncer.

Sintomas

O linfedema possui diversos sintomas: inchaço de uma parte ou de toda a perna ou braço (incluindo dedos), sentir as extremidades pesadas ou rígidas, restrição nos movimentos dos membros, desconforto nos braços ou pernas, infecções recorrentes nos membros afetados e afinamento da pele.

Prevenção

Para prevenir o surgimento de um linfedema, é necessário adotar algumas medidas, como proteger os membros contra lesões, evitar usá-los durante a fase de recuperação, evitar contato com qualquer forma de calor (compressas quentes), elevar a perna ou braço acima do nível do peito, evitar roupas apertadas e apenas checar a pressão sanguínea no membro oposto ao que estiver afetado.

Tratamento

Não há cura para o linfedema, mas existem métodos e tratamentos para reduzir o inchaço e prevenir complicações futuras.

Exercitar-se levemente para mover o líquido linfático das extremidades, utilizar faixa de compressão no membro para diminuir o inchaço e impulsionar o líquido de volta para o tronco do corpo, massagear ou drenar manualmente os líquidos para fora dos membros.

Erisipela

A erisipela é uma infecção que ocorre na camada superficial da pele, principalmente nas pernas, rosto e braços, e provoca feridas, vermelhidão e inchaço. Quando o paciente apresenta vários episódios da doença, a condição recebe o nome de erisipela de repetição.

Essa doença pode ser causada por bactérias, que infectam o paciente através de algum pequeno ferimento na pele ou na mucosa, como picada de insetos, frieiras e micoses de unha. Esses microrganismos se disseminam pelos vasos linfáticos e podem atingir o tecido subcutâneo e gorduroso. Quando isso acontece, a infecção recebe o nome de celulite infecciosa.

Sintomas

Os primeiros sintomas da erisipela são febre alta, mal-estar, tremores, vômitos e náuseas, além das lesões na pele, acompanhadas por dor, vermelhidão, inchaço e, em casos mais graves, bolhas ou feridas, que representam a necrose dos tecidos.

Alguns fatores de risco que aumentam as chances de contrair essa doença são obesidade, ser portador de diabetes mal controlado, possuir má circulação e estar com o sistema imunológico enfraquecido.

Prevenção

As bactérias podem ser contraídas a qualquer momento, mas existem algumas medidas que ajudam a prevenir as consequências mais graves. Enxugar bem os dedos para evitar a proliferação de fungos, manter o diabetes controlado e evitar o sobrepeso são algumas dessas medidas.

Tratamento

Na fase inicial da erisipela, geralmente o tratamento mais indicado é o uso de medicamentos antibióticos via oral. Quando o paciente apresenta a erisipela bolhosa, pode-se usar, além dos medicamentos, cremes para aliviar os sintomas, indicados pelo médico.

Já nos casos mais graves, em que o paciente apresenta bolhas purulentas e/ou necrose, pode ser necessária a intervenção cirúrgica para remover as áreas com tecido morto e drenar o pus.

Trombose venosa

Trombose Venosa Profunda (TVP) se refere à formação de coágulos sanguíneos em uma ou mais veias do corpo. A maioria dos casos ocorrem nos vasos das coxas ou pernas, mas também podem acontecer em outras partes do corpo. Diferentemente dos coágulos mais superficiais, os coágulos da trombose venosa profunda podem se desprender e movimentar pela corrente sanguínea, podendo chegar à diversas partes do corpo, como coração, pulmão e cérebro. Se o coágulo das pernas ou dos braços chegar até o pulmão estaremos diante da patologia tromboembolismo pulmonar (TEP), que é uma condição que exige atendimento médico imediato.

Causas

A trombose venosa profunda ocorre quando há formação de um coágulo sanguíneo em uma ou mais veias grandes das pernas e coxas, causando bloqueio no fluxo sanguíneo, inchaço e dor na região afetada.

Existem alguns fatores que podem aumentar consideravelmente o risco da formação de coágulos sanguíneos: permanecer sentado, deitado ou em repouso por muito tempo, traumas nas veias, gestação, pílulas anticoncepcionais, insuficiência cardíaca, infecções gastrointestinais, obesidade, sedentarismo, idade avançada, hereditariedade, tabagismo e até mesmo alguns tipos de câncer.

Sintomas

Metade das pessoas com trombose venosa profunda não têm nenhum sintoma até o coágulo se desprender. A outra metade têm alguns sinais, como o inchaço, aumento da temperatura, vermelhidão e dor na perna ou no local dos vasos afetados.

No caso de uma embolia pulmonar, os sinais da complicação, que exige cuidado médico imediato, são dificuldade repentina para respirar e falta de fôlego, batimentos cardíacos acelerados, tossir sangue, dor no peito ao respirar ou tossir, pressão baixa e até mesmo desmaio.

Prevenção

Para se prevenir da formação de coágulos sanguíneos, são necessárias algumas medidas, como evitar ficar sentado por longos períodos, exercitar as pernas, não usar roupas muito apertadas, manter o peso adequado, consumir alimentos saudáveis e praticar atividades físicas.

Tratamento

O objetivo do tratamento pode ser dividido em três estágios diferentes: impedir o crescimento do coágulo, evitar seu avanço para outras partes do corpo e reduzir as chances de recorrência da trombose venosa profunda.

Para cumprir esses estágios, o médico vascular pode indicar o uso de medicamentos anticoagulantes ou quando necessário utilizar filtro de veia cava para evitar que os coágulos cheguem até o pulmão.

Doenças arteriais

A doença arterial periférica é uma situação que ocorre em virtude do estreitamento ou obstrução dos vasos sanguíneos arteriais, responsáveis por levar o sangue para nutrir as extremidades como braços e pernas, sendo mais comum o acometimento nos membros inferiores do que nos superiores.

Apresenta uma prevalência de 10 a 25% na população acima de 55 anos, sendo que aumenta com a idade. Cerca de 70 a 80% dos pacientes acometidos são assintomáticos, ou seja, não apresentam qualquer queixa ligada a doença de base. Este fato pode retardar ou dificultar o diagnóstico precoce, um ponto fundamental para o início do tratamento o mais breve possível, tratamento este que melhora as chances de uma evolução positiva da doença. É mais frequente nos homens, mas também pode acometer as mulheres.

A causa mais comum desta doença é a aterosclerose, fenômeno em que ocorre o acúmulo de placas de ateroma (gordura, proteínas, cálcio e células da inflamação) na parede dos vasos sanguíneos, sendo estas que causam os estreitamentos e obstruções, levando a dificuldade da progressão do sangue, oxigênio e nutrientes para os tecidos dos membros como músculos, nervos, ossos e pele.

 

Os principais fatores de risco associados a esta condição são:

  • Colesterol elevado
  • Diabetes
  • Doença cardíaca (doença arterial coronária)
  • Pressão arterial alta (hipertensão arterial sistêmica)
  • Doença renal que envolve hemodiálise
  • Fumo
  • Derrame (doença cerebrovascular)
  • Histórico familiar
  • Sedentarismo
  • Obesidade
  • Avanço da idade

O estreitamento ou obstrução dos vasos sanguíneos ocasiona redução no fluxo sanguíneo, o que pode lesar nervos, músculos e outros tecidos a médio e longo prazo.

Os membros inferiores (pés e pernas) são a localização mais comum de manifestação da doença arterial obstrutiva em questão.

É importante ter em mente o fato da associação entre doença arterial obstrutiva periférica com doença arterial coronariana, ou seja, as pessoas que apresentam placas de ateroma nas artérias das pernas, tem alta probabilidade de apresentar placas de ateroma nas artérias que nutrem o coração, as artérias coronárias. Podemos dizer que a presença de placas de ateroma nas artérias de perna são consideradas um ‘marcador ‘’ de doença coronariana e que o tratamento deve focar no controle não apenas da parte das artérias da perna, mas também das artérias do coração e de outras artérias do corpo humano.

Os principal sintoma é a dificuldade para caminhar manifestando dor no pé e, panturrilha (batata da perna), eventualmente na coxa e glúteo (nádega) do membro acometido, e que cessa depois de alguns minutos de repouso (este sintoma é chamado de claudicação intermitente).

Nos casos mais avançados pode ocorrer impotência sexual(disfunção erétil), dor nas pernas mesmo quando em repouso, redução da temperatura das pernas, formigamentos e eventualmente aparecimento de feridas ou gangrena nos pés pela condição de extrema falta de circulação.

 

Outros sinais e sintomas que podem aparecer ao longo da história da doença são:

  • Menor pressão arterial quando mensurada no membro acometido pela doença em comparação ao sadio.
  • Escassez de pelos nas pernas ou pés.
  • Pulsações diminuídas ou ausentes das artérias no membro acometido.
  • Músculos da panturrilha com hipotrofia (menos desenvolvidos).
  • Úlceras (feridas) dolorosas nos pés ou dedos dos pés (geralmente escurecidas, com aspecto de tecidos desvitalizados).
  • Palidez da pele ou cor azulada/arroxeada nos dedos ou nos pés (cianose)
  • Unhas dos dedos dos pés quebradiças.

Em alguns casos a doença pode ter um agravamento agudo (rápido) caracterizado por dor intensa, de início súbito, associado à frialdade do membro (diminuição de temperatura), dificuldade de movimentação e parestesias (formigamentos) caracterizando assim um quadro chamado de obstrução arterial aguda que deve ser tratado imediatamente na tentativa de se evitar uma amputação.

A suspeita diagnóstica da doença arterial periférica pode ser feita pelo médico generalista, mas a avaliação de um Cirurgião Vascular é fundamental na confirmação do diagnóstico e na tomada de decisões para o tratamento adequado.

O médico irá verificar os fatores de risco individuais e a história familiar, perguntando se existe história pessoal ou familiar de doença cardíaca, colesterol elevado, diabetes, doença renal, pressão arterial elevada ou algum outro problema circulatório. Durante o exame físico, o médico poderá palpar o pulso na parte superior da perna (junto à virilha), no lado de dentro do tornozelo, na parte de cima do pé e na face posterior do joelho.

A história da doença e o exame clínico especializado, realizados pelo médico, são suficientes para o diagnóstico de certeza, mas em alguns casos são necessários alguns exames complementares para auxiliar na decisão sobre o tratamento.

O ultrassom com Doppler auxilia no diagnóstico dando informações, principalmente sobre as características da passagem de sangue nos diferentes territórios vasculares que são estudados. É um exame não invasivo, ou seja, não utiliza radiação e não provoca dor, e que ajuda a dar respostas iniciais sobre a doença.

A angiotomografia, angiorressonância magnética e a angiografia (o cateterismo direto de uma artéria) e injeção de contraste sob visão de Raios X (fluoroscopia) são exames utilizados, em geral, para planejamento cirúrgico quando houver indicação para o tratamento invasivo.

A maioria dos casos é tratada com orientações quanto à atividade física e mudança de hábitos de vida como: cessação do tabagismo, mudança de hábitos alimentares, controle adequado da pressão arterial, controle dos níveis sanguíneos de colesterol e triglicérides e, quando presente também, rigoroso controle do diabetes.

Os casos mais graves exigem intervenção cirúrgica aberta ou por técnica Endovascular (tipo cateterismo). Isto permitirá uma melhora rápida do fluxo sanguíneo na tentativa de aliviar dor nas pernas ao caminhar quando esta limita substancialmente as atividades diárias (claudicação incapacitante); ou a dor mesmo em repouso na perna (indicando uma falta de circulação crítica) ou lesões isquêmicas como úlceras ou mesmo a morte de parte do membro (necrose) indicando que a circulação não consegue sequer suprir as necessidades mínimas desta perna, com grande chance de amputação do membro se nada for feito.

 

As principais intervenções indicadas são:

  • Cateterismo das artérias para realização de Angioplastias com ou sem a utilização de stents (desobstrução com cateteres e balões e malhas metálicas cilíndricas para manter os vasos abertos após a desobstrução).
  • Revascularizações cirúrgicas com pontes (bypass) utilizando a própria veia safena do paciente, oque costuma ser a melhor opção, ou próteses vasculares sintéticas.
  • Endarterectomias: retirada cirúrgica das placas que obstruem os vasos liberando o fluxo para as extremidades dos membros.
  • A terapia gênica ou com células tronco ainda encontra-se em estudo e não esta totalmente consolidada para o tratamento desta doença, mas resultados iniciais promissores nos estudos em animais demonstram perspectivas futuras a longo prazo.
  • As amputações de extremidades são reservadas para os casos de gangrena extensa (morte dos tecidos) que tornam o membro disfuncional ou dor intratável, quando se esgotaram as possibilidades terapêuticas de tentar restabelecer o fluxo de sangue arterial do membro.
 

As principais medidas preventivas são:

  • A doença arterial periférica quando presente pode ser considerada como um sinal da doença vascular coronariana (marcador de presença da aterosclerose nas artérias do coração). Assim o coração e as artérias carótidas devem também ser examinadas em pacientes com doença arterial periférica.
  • Controle adequado da pressão arterial.
  • Não fumar.
  • Controle rigoroso do diabetes quando presente.
  • Realizar exames periódicos dos níveis sanguíneos de colesterol e triglicérides.
  • Atividades físicas regulares- caminhadas regulares ajudam a controlar melhor os outros fatores de risco citados e estimula a circulação arterial das pernas.
  • Alimentação saudável rica em frutas, verduras e leguminosas.
 

Prognóstico

Na maioria dos casos diagnosticados de pacientes com uma doença arterial periférica, os sintomas das pernas permanecem estáveis ou melhoram. Cerca de 15 a 20% dos doentes podem piorar e necessitarem de medidas de tratamento mais invasivas como as intervenções cirúrgicas. O resultado é melhor nas pessoas que são capazes de continuar sem fumar, de ingerir uma dieta saudável, de manter o seu colesterol sob controle, controlar a pressão arterial e os níveis de açúcar e de praticar exercício físico regularmente.

“Naturalmente, cada indivíduo ao desenvolver a doença arterial obstrutiva periférica, carrega consigo características pessoais com inúmeras possibilidades de apresentação clínica, alterações anatômicas e diferentes doenças associadas. Logo, a decisão de qual ou quais as adequadas modalidades/técnicas de tratamento a serem adotadas, após avaliação de suas vantagens e desvantagens, deve ser estabelecida pelo médico que assiste o paciente.”

Exame de Doppler Vascular para Diagnóstico

O Doppler Arterial e Venoso é um tipo de ultrassonografia que permite determinar a velocidade e o sentido da circulação sanguínea. É utilizado para identificar a presença de obstruções nas veias e artérias (aterosclerose), obstruções congênitas, aneurismas e diversos tipos de doenças vasculares.

Indicação

O exame é muito utilizado no diagnóstico de varizes, tromboses venosas, aneurismas, doenças arteriais obstrutivas periféricas (membros inferiores) e doença carotídea (AVC).

Procedimento

Um aparelho semelhante a uma lanterna é deslizado manualmente sobre a pele, emitindo ondas sonoras inaudíveis pelo ouvido humano. Essas ondas são captadas de volta em forma de ecos, que são emitidos pelas hemácias e são transformados em imagens.

O procedimento não é invasivo e não causa dor. Possui um tempo médio de duração entre 30 e 60 minutos e dispensa qualquer tipo de preparação ou indicação prévia, além de não causar efeitos secundários.